sábado, 24 de maio de 2014

Adriano Nunes: "Em sonhos e sobras"

"Em sonhos e sobras"



Agora canto a hora que não passa,
A dor que me corrói, os desenganos
Engavetados em mim, caos e mágoas,
O eterno retorno nietzschiano

A atormentar a fundo todo o âmago. 
Por que em sonhos e sobras se amalgama
O amor? Basta! Deem-me outra metáfora
Mais humana, liberta dos ocasos

Dos acasos, dos ácaros do instante,
Pra que evidente dê-se a vida, a arte
De tê-la atrelada à pura palavra,

Aquela que acalenta e à tona traz
A proeza da voz do coração,
Para que esplêndida esperança haja.

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