"Mãe"
Desde o ovo a descer, óbvio,
Pelas trompas de Falópio,
Eu já sabia que o ouro
Da vida eras, que outro
Tesouro era tão pouco
Se comparado aos teus olhos,
Ao amor que sempre é todo.
Depois, implantado, posto
Em teu ventre, parte do
Teu ser, no útero, solto
No sweet playground amniótico,
Sem entender de propósitos,
Mergulhava nesse cosmo
Em que agora sequer posso.
Hoje, a ti proponho um sol:
De abrigar-te em mim o sonho,
Adentro e bem fundo, após
Este abraço forte, em ode.
Do umbilical elo, a ponte
Para ir mais e mais longe
Por amar-te, por compor-te.
Mãe, celebro em mim teu nome,
Arquiteto o existir por
Saber-me, ante o teu rosto,
Grato, abençoado homem,
Pronto para o próprio norte,
Liberto de leis e louros,
Que sente que tudo pode.
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