"O que fora nosso"
Não mais me condenes
A qualquer verdade.
Louvor, laurel, louro,
Tudo isso é estorvo.
Viver é que é ouro.
Não mais me convoques
Para os grãs conchavos
Do amor. Com a lábia e
Os laços da lógica
Não me iludo, juro.
Antes este sol
A pino, sorrindo,
Brilhando sem cláusulas,
O canto de um pássaro, o
Silêncio da Esfinge.
Não vês que desperto
Encontra-se o tempo
Da catarse íntima,
Do que muito vale
Ao meu coração?
Não vês as hienas
Da memória a dar
Voltas, tantas voltas,
Assustadas, sobre
O que fora nosso?
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