"Alicerce"
Não me venha
Pôr a lenha
Da lamúria
Sobre o tempo.
Essas queixas,
Essas mágoas
Que maltratam,
Esses sonhos
Encalhados,
Pouco custa
Esquecer,
Essas raivas
Enraizadas,
Fixas, n' alma,
Que não deram
Mesmo em nada,
Do rancor,
As migalhas.
A existência
Da alegria
Requer mais
Que o fulgor
Do que ser
E não ser...
E seria!
Como brilha
Alto o sol,
Nesta tarde,
Sem remorsos
Vis, inóspitos!
Como se
Desvencilha
Toda a vida
Dos estorvos
Do invisível
E do corpo,
Ante o in-
Esperado!
Sobre o mágico
Alicerce
Do pensar,
As grãs Odes,
Todo Horácio, a i-
Luminar-me,
A sondar-me, a-
Dentro, assim,
Mais e mais:
Carpe Diem!
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