terça-feira, 22 de abril de 2014

Adriano Nunes: "Só"

"Só"



Sem sono, só
Com os sóis dos sentidos, de mim solto,
Sob o pétreo silêncio, sóbrio, só. 
E a madrugada, agora,

Almejando um soneto ser, compondo,
Em meu coração tolo,
A vontade de dar aquela volta 
Lá fora, além. Mas como?

Sem sono, só
Com os sumos dos sólidos
Desassossegos, sobras

De números e nós,
Sobre o alicerce utópico
De que o amor tudo pode.

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