"Do labor estético" - Para Alberto Lins Caldas
Entrego-me ao verso,
Como aos ares Pégaso.
Liberto de mim,
Além dos confins
Do labor estético
Como aos ares Pégaso.
Liberto de mim,
Além dos confins
Do labor estético
Voo. Alegre, indago-me:
Serei mesmo o bardo
Que em si já não cabe
Por ser ecos tantos,
Propósito e arte,
Serei mesmo o bardo
Que em si já não cabe
Por ser ecos tantos,
Propósito e arte,
Infinitos cantos
Alheios, poemas
Que me leem e amo,
Que em meu olhar ardem,
Vácuos e vontades?
Alheios, poemas
Que me leem e amo,
Que em meu olhar ardem,
Vácuos e vontades?
Ou tudo é saudade
De um tempo que foi
Meu e em mim se deu
Perdido, por ter
Sido eu, decerto,
De um tempo que foi
Meu e em mim se deu
Perdido, por ter
Sido eu, decerto,
Quando era para
Arrancar a máscara
De mim e enfim ser
O autêntico, o outro,
Os poetas todos?
Arrancar a máscara
De mim e enfim ser
O autêntico, o outro,
Os poetas todos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário