"Além da alegria"
Desprende-se do báratro infinito
O azul da manhã.
O que tanto busca o meu coração
Nos velhos cadernos
De poemas, como se lá restassem
Minhas desventuras,
Os meus desejos, tudo que até ser
Eu pudera? Mas
Eis que, à janela, vem o livre voo
De algumas libélulas,
E, assim, faz-se ululante a primavera
Que ainda virá.
Ai, como lançar-me em mim eu queria,
Além da alegria!
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