"Nosce te ipsum"
Quando tudo dói, que nos solta de quem somos?
Talvez a falta de freio, a frase ou o fulgor
De um poema. Ou nada disso. Quem sabe o amor
Que se desdobrou quando fora, pleno, exposto
Àquele sentido que tinha sido o ópio
Do propósito escolhido. O que nos consome
Não padece de um nome, nem de som ou tom.
Não se importa de, sem custo, dar-nos as costas.
Ai, todos os assombros, ecos, sumos, sonos,
Tópicos e estorvos, incômodos e óbvios
Amalgamam-se ao mar do pensar, têm luz própria!
Quando tudo se esvai, gasta-nos, que nos põe
A um lance de ter um, apenas outro sonho,
A desejada chance de ir bem mais longe?
Nenhum comentário:
Postar um comentário