"Manhã"
Não há qualquer barco no mar.
Ítaca do sono se vale
E brilha em seu quase silêncio.
Que aprontam as Moiras agora
Em que tudo espera se faz?
Que vácuo alimenta o grã cais?
Ainda não é manhã. Dentro
Do palácio a vida é costura
Desfeita, são fios infindos
Enfeitando a astúcia e o horror
De ter que aceitar outro amor.
Ah, se não houvesse manhãs
Após manhãs, se não houvesse
Este lascivo labirinto
De promessas e chances vãs!
Não há qualquer barco no mar.
Somente o corpo de Odisseu
Estendido na praia, vivo,
A almejar estar com os seus.
Ítaca do sono se vale
E brilha em seu quase silêncio.
Que aprontam as Moiras agora
Em que tudo espera se faz?
Que vácuo alimenta o grã cais?
Ainda não é manhã. Dentro
Do palácio a vida é costura
Desfeita, são fios infindos
Enfeitando a astúcia e o horror
De ter que aceitar outro amor.
Ah, se não houvesse manhãs
Após manhãs, se não houvesse
Este lascivo labirinto
De promessas e chances vãs!
Não há qualquer barco no mar.
Somente o corpo de Odisseu
Estendido na praia, vivo,
A almejar estar com os seus.
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