"A alegria de haver quimera e carne."
Nem mesmo o fio até teso de Aracne
Tampouco o fio solto de Ariadne.
Sequer a teia das meias verdades
Complexa. Só a vida que mais arde,
O sol por renascer, o mar que vale
A vista e tudo por trás da saudade,
Você, timidamente rindo, a dar-me
A alegria de haver quimera e carne.
Só o frágil fio da liberdade
Intacto a flutuar - ah, que me lace
Só o fino fio do olhar! Refaz-se
O amor através de cada miragem.
Tome a minha mão, peguemos a estrada -
Tudo importa mesmo que dê em nada.
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