sábado, 22 de dezembro de 2012

Adriano Nunes: "Os frágeis fósseis da tara"

"Os frágeis fósseis da tara" 


Era manhã.
Gostava de ir à praia
Ver as sereias
E os surfistas -
O mar a inundar a vista.
Sempre era manhã...
Até para pensar o
Instante raro
Em que
O desejo poderia fluir.

Depois,
Enxugava bem os pés,
Caçava a vida
Entre o que se deleita e
O que se deixa
Para trás,
Os frágeis fósseis da tara,
Da trama ilusória
Do sol e
Da areia.

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