Dar àquele instante a luz
Do amor que em todos produz
A alegria, dar à vida
A parte ainda sortida,
Ter, à tez do sonho, o tanto
De infinito de algum canto.
Dar à existência, o montante
Do ser: tudo é sufocante.
Deixar à vista o prazer
De poder se refazer
Do tédio do dia-a-dia.
Dar àquele cosmo o tom
De um gozo, do que é bom.
Soltar-se do medo, desse
Que só desgasta o interesse.
Romper a fronteira do âmago,
Esquecer qualquer estrago
Feito pelo coração.
Ai, que violenta emoção
Invade d'alma a estrutura,
Desvendando a essência dura
Do que outrora se desfez!
A saudade... Dessa vez
Dar ao pensar a leveza
De um verso, toda a beleza.
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