Entre livros e discos eu vivo,
Co' imensa alegria, atado ao verso
E à música, inteiramente imerso
No que quero, das musas cativo.
É desse cosmo contemplativo
Que parto de mim e me disperso
Na euforia de um tempo diverso:
Ai, não me tragam o sedativo!
Depois? noutro infinito me invento,
Liberto da dor, rente ao instrumento
De luz: lanço-me ao lápis e risco
- Em silêncio, permaneço atento -
A folha da memória e me arrisco
A fazer, quem sabe, um livro, um disco.
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