Esta noite me apavora.
Não sei se é
O silêncio saltitante lá fora.
Não sei se é só o vestígio
Do que imaginei ser e não mais volta.
Talvez, agora
A palavra-pólvora
Possa explodir, rompendo a
Página anêmica, leitosa, morta.
Esta noite, outra noite,
A mesma noite óbvia,
Sem notas
no rodapé, sem pôr
O Sonho à prova.
Esta noite me sufoca.
Atrás da porta, o infinito,
Não sei se é.
Isso que à vida importa,
Por que não me dopa?
Fogueiras, fronteiras, findáveis formas...
Aquela cratera lunar me olha.
Nesta noite,
Acerto as contas, as últimas contas
com Lorca.
2 comentários:
um ritmo fascinante
...
forte abraço,
camarada.
Caro Domingos,
Obrigado!!!! Paz e luz!!!
Adriano Nunes
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