"Os grandes campos poéticos" - Para Marlos Barros
Revejo a solidão.
Nada me parece ser tão igual
Àquela lembrança vaga
De estar além de tudo quanto
Esta satisfação de fazer versos.
Talvez, eu não faça versos.
Exponho-me nu e patético?
Dou-me à razão
De estar alheio ao tempo.
E tudo passou.
Que quero de mim
Nesta cidade?
Retenho a saudade.
Tudo se parece com tudo: Qual
Janela dá acesso àquela alegria?
De lugares, de sonhos particulares,
De prantos, a Poesia está saturada.
Seria necessário expor-me
Cru e sem as tatuagens do tédio.
Dou-me em vão
Ao que vem quando me penso.
E tudo era silêncio.
Que quero desta cidade
Em mim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário