"A Presença do Amor" (Tradução de Adriano Nunes)
A Presença do Amor
E na mais ruidosa hora do existir,
Lá sussurra ainda o infindo Amor de Ti,
O solilóquio e o consolo do coração.
Moldas minhas Esp'ranças, moldas-me adentro;
E à pulsação do Amor mor ao Peito atado
Através do meu Ser, dos meus batimentos;
Pairas em todo meu pensar, tal clarão,
Tal alva Alvorada, ou Vésp'ra de verão
No ondulado Riacho, ou nuvem vista em Lago.
E vendo o Céu, que se curva sobre ti,
Vez Quanta! O Além louvo, que te amar me fez.
Samuel Taylor Coleridge "The Presence of Love"
And in Life's noisiest hour,
There whispers still the ceaseless Love of Thee,
The heart's Self-solace and soliloquy.
You mould my Hopes, you fashion me within;
And to the leading Love-throb in the Heart
Thro' all my Being, thro' my pulses beat;
You lie in all my many Thoughts, like Light,
Like the fair light of Dawn, or summer Eve
On rippling Stream, or cloud-reflecting Lake.
And looking to the Heaven, that bends above you,
How oft! I bless the Lot, that made me love you.
COLERIDGE, Samuel Taylor. The Complete Poems. London: Penguin Classics, 1997.
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