"O verso"
Como eu queria
ter qualquer alegria,
Embriagar-me do âmago
Dos risos,
Das rotas de um pensar vivo, dos reinos
Do inatingível,
Dos restos
Irrestritos
De algum risco,
Do sonhar-me infinito,
Ante um verso conhecido, e
Verter-me em um dito,
Numa declaração de múltiplos sentidos,
Numa canção,
Para devolver ao meu coração
O salto inusitado
Para a realidade incontida,
O flerte fixo,
O feitiço do íntimo, o álcool fortíssimo
Dos impulsos do lirismo,
Ter qualquer alegria,
Ai, como eu queria!
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