terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Christopher Marlowe: "Who Ever Loved That Loved Not at First Sight?"

Christopher Marlowe: "Who Ever Loved That Loved Not at First Sight?"


It lies not in our power to love or hate,
For will in us is overruled by fate.
When two are stripped, long ere the course begin,
We wish that one should love, the other win;

And one especially do we affect
Of two gold ingots, like in each respect:
The reason no man knows; let it suffice
What we behold is censured by our eyes.
Where both deliberate, the love is slight:
Who ever loved, that loved not at first sight? 



"Quem que sempre amou não amou à primeira vista?" (Tradução de Adriano Nunes)



Em nosso poder não está amar ou odiar,
Pois o fado invalida o nosso desejar.
Quando dois se despem, um longo curso começa,
Almejamos que um amar deva, o outro vença.

E sentimos especial feição por um
Dos dois lingotes d'ouro, como a cada um:
Por razão que ninguém sabe, suficiente
O que a nossos olhos censurado se encontre.
Quando se deliberam, o amor de pesos dista:
Quem que sempre amou não amou à primeira vista?



In: MARLOWE, Christopher. "The collected poems of Christopher Marlowe". Oxford University Press, 2006.

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