"Os momentos irascíveis, sem saídas"
Que arrependimento se finca em meu peito
Quando recordo as horas por mim perdidas,
- Os momentos irascíveis, sem saídas -
Ébrio, enganado por Baco, satisfeito!
Foram tantas tardes, noites mal dormidas,
Livros deixados de lado, sob o efeito
Da volúpia, do desejo, sem direito
Perceber a grã culpa, as falhas seguidas.
Agora entendo bem a perspicaz pressa
De querer o sumo de cada segundo,
A voz das Ítacas, Macondos, não essa
Vida que me furtara a vez e o profundo
Sentido do que realmente interessa.
Que acontecimento se fixa em meu mundo!
2 comentários:
Belo soneto, poeta!
Caro Carlos,
obrigado!
Abraços,
Adriano Nunes.
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