"Aos ácaros, poeira, mofo e ao mito"
Para o bem da verdade, que se fala?
Pra além de todo tino, que é sentido?
Das grãs humanidades, qual nos dá-la?
Do que já foi escrito, qu' inda é lido?
Da flor de Baudelaire, que mais se exala?
Of all Shakespeare's plays, que não é retido?
Castro Alves a voz dar à senzala?
Da angústia de Pessoa, contra o olvido?
Palavra por palavra, outro infinito...
E o contemplar nos capta: Tudo é nada.
Ai, meu coração bate mui constrito!
Palavra por palavra... E a alma é dada
Aos ácaros, poeira, mofo e ao mito,
Para manter-se intacta e alforriada!
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