quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Adriano Nunes: "Infância" - para a minha mãe

"Infância" - para a minha mãe

A criança qu' eu era
Perdeu-se alegre em mim.
Como a busco sem fim
Entre as tantas quimeras!

Agora nem mais sei
Se a sinto ou só a penso,
Sob alguma vã lei.
Eis que tudo é intenso.

A criança qu' eu era
Perdeu-se, livre, assim,
Em meu ser. Quem me dera
Sabê-la ao ser-me, enfim.

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