"Garatzazyn e os porcos" - para Alberto Lins Caldas
Tudo está fedendo
Dentro do pensar
De Garatzazyn.
A melancolia,
A bruta alegria,
Os desejos densos!
Tudo demais fede
Até esta lida
Que se mostra leve
Às vezes. Desperta,
Agora, a pocilga
Emite grunhidos
Além do infinito.
Ah, gritam os porcos
Por Garatzazyn!
Eis a vida, assim,
Gordurosa e hipócrita.
Os sonhos já lama
E esterco, já lixo
E remendo, já
Suor e as tais tênias.
Gritam os seus porcos
Pela paciência.
O fedor é nada.
Esta bosta podre
Não é nada. O hoje
Não é nada. O sopro
De esperança não
Acha o coração.
Garatzazyn se
Confunde co'os porcos.
Não sabe se gosta
De se confundir
Com a carne pronta
Para o abate. Sabe
Mesmo o quê, Senhor,
Este miserável
Porco de camisa
Colorida e calça
Jeans suja, barata?
Gritam os seus porcos
Desesperançados
De si, do que se
Pode ser tão óbvio.
Os porcos têm pena
De Garatzazyn.
Eles sabem quando o
Levarão pro abate.
Têm medo de que
Garatzazyn sangre e
Não morra, que a carne
Saia por aí
Gritando por alma.
Tudo está fedendo
Dentro do pensar
De Garatzazyn.
Não há mesmo como
Desse horror limpar-se.
Basta a novidade
Do olhar que se esvai
Para nunca mais.
Cochicham os porcos
Que Garatzazyn
Tem dentes de sabre,
Que devora a si
Vez ou outra, quando
Dá, quando as hienas
Vão embora, fartas.
Fuxicam os porcos
Toda madrugada.
Eles sabem da
Machadada e do
Descaso contínuo.
Da argila ao símio
Algo se conforma.
Garatzazyn salta
Do cercado gasto
Sobre a vara atávica.
É agora! É agora!
Dentro do pensar
De Garatzazyn.
A melancolia,
A bruta alegria,
Os desejos densos!
Tudo demais fede
Até esta lida
Que se mostra leve
Às vezes. Desperta,
Agora, a pocilga
Emite grunhidos
Além do infinito.
Ah, gritam os porcos
Por Garatzazyn!
Eis a vida, assim,
Gordurosa e hipócrita.
Os sonhos já lama
E esterco, já lixo
E remendo, já
Suor e as tais tênias.
Gritam os seus porcos
Pela paciência.
O fedor é nada.
Esta bosta podre
Não é nada. O hoje
Não é nada. O sopro
De esperança não
Acha o coração.
Garatzazyn se
Confunde co'os porcos.
Não sabe se gosta
De se confundir
Com a carne pronta
Para o abate. Sabe
Mesmo o quê, Senhor,
Este miserável
Porco de camisa
Colorida e calça
Jeans suja, barata?
Gritam os seus porcos
Desesperançados
De si, do que se
Pode ser tão óbvio.
Os porcos têm pena
De Garatzazyn.
Eles sabem quando o
Levarão pro abate.
Têm medo de que
Garatzazyn sangre e
Não morra, que a carne
Saia por aí
Gritando por alma.
Tudo está fedendo
Dentro do pensar
De Garatzazyn.
Não há mesmo como
Desse horror limpar-se.
Basta a novidade
Do olhar que se esvai
Para nunca mais.
Cochicham os porcos
Que Garatzazyn
Tem dentes de sabre,
Que devora a si
Vez ou outra, quando
Dá, quando as hienas
Vão embora, fartas.
Fuxicam os porcos
Toda madrugada.
Eles sabem da
Machadada e do
Descaso contínuo.
Da argila ao símio
Algo se conforma.
Garatzazyn salta
Do cercado gasto
Sobre a vara atávica.
É agora! É agora!
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