emerge do âmago da terra,
a torre de pedra, perfeita
síntese de silício, feita
à beira-mar, que o ver encerra.
salta do solo, sequaz serra
sempre dada ao longe, sujeita
à voz da violência, insuspeita,
das águas, dos ventos, tal guerra.
resta da arquitetura, à vera,
o pó-silêncio d'uma igreja
destroçada, pós-voraz era.
d'algum horizonte se veja
'inda a pétrea fronte, severa,
a flertar o que quer que seja.
Um comentário:
Cio da terra, sísifos movimentos, intante preciso em que a pena da tinta borra os cílios do olhar para que o poeta registre o flerte da Vida em poesia.
Beijos
Carmen Vidráguas.
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