segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Adriano Nunes: ‎"deleite" - Para Leo Cavalcanti

"deleite" - Para Leo Cavalcanti



de longe ao longo itinerário,
avançando, (voo ao âmago?) quântico,
para onde o sonho embrionário
salta à vista, um tímido cântico

atlântico. (sol? relicário?)
de leve ao lance ultra-romântico,
transcriando o corpo semântico,
o corpo, em gozo imaginário.

de lado a lado, o ser amado,
além do dicionário, (ufano?)
medido, sem meridiano,
paralelo, culpa ou pecado.

de lapso em lapso, o ser humano
lança-se ao inusitado, (instado?)
como se fácil fosse o fado
de acreditar no desengano.

de livro em livro, imenso hiato
é feito. (de feras, um bando?)
ou seria o homem se formando,
anônimo, afinal, abstrato?

de lida em lida, algum substrato
mágico fica à vida, a mando
do coração, (sempre o admirando?)
voltado ao olvido, animal, nato.



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