"deleite" - Para Leo Cavalcanti
de longe ao longo itinerário,
avançando, (voo ao âmago?) quântico,
para onde o sonho embrionário
salta à vista, um tímido cântico
atlântico. (sol? relicário?)
de leve ao lance ultra-romântico,
transcriando o corpo semântico,
o corpo, em gozo imaginário.
de lado a lado, o ser amado,
além do dicionário, (ufano?)
medido, sem meridiano,
paralelo, culpa ou pecado.
de lapso em lapso, o ser humano
lança-se ao inusitado, (instado?)
como se fácil fosse o fado
de acreditar no desengano.
de livro em livro, imenso hiato
é feito. (de feras, um bando?)
ou seria o homem se formando,
anônimo, afinal, abstrato?
de lida em lida, algum substrato
mágico fica à vida, a mando
do coração, (sempre o admirando?)
voltado ao olvido, animal, nato.
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