sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Adriano Nunes: "Outra sinapse insólita"

"Outra sinapse insólita" 


Penso.

Pêndulos,
Pesos,
Pousos,

Pautas. 
Prática, 

A arquitetura esvai-se,
O instante entrecortado 

Por canais de potássio e
Sódio, tal qual um grito
De silício, contido,
Preso às largas laringes


De grafite, ao cobalto, 

Ao casto cosmo azul.
Seria a folha em branco o
Velocino de ouro, o
Amor entre as metáforas,

O mistério que valha?

Outro verso revolto,

Pouco a pouco, devolve-me
Ao ser outro de mim,
Sintático, sintético,
Simulacro de fins,
E o véu voa, esvoaça. 


Aqui, na minha casa,
Todas coisas estão 

Acompanhadas, mas
O sol da solidão
Logo me agarra, e, enfim,

Constato: tudo raia e

Salta:
Tálamo,
Tela,
Tato,

Tempos,
Traumas.





2 comentários:

Carla Diacov disse...

um tudo do que vi aqui me agarra!



ai ai e ai!

beijos seguindo-te!

ADRIANO NUNES disse...

Carla,

Que alegria você me traz com as suas palavras! Salve!


Abraço fraterno,
Adriano Nunes.