quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Adriano Nunes: "Poesia"

"Poesia"


Poesia não é.
Há de ser um dia,
Qualquer coisa ou

Coisa alguma,
Mata virgem, arco-íris, ventania,
Urso de pelúcia, moldura antiga,
Casca de ferida,
Âmago de ululante alegria,

Labirinto

Em que me penso,
Em que me peso,
Em que me pesco,


O Touro de Minos e tudo
Que minto e pronto

Pondero: Que não seria,

Enquanto outro dia
De método e melodia

Em que me sustento,
Em que me sufoco,
Em que me suporto e


Violentamente me sinto,

Óvulo do inesperado,
Óbvio do que quer ser inviolável,
Ovni e desordem,

O mínimo: o mundo mútuo

De signos e significados,

Aquela ida à
Seção de perdidos e achados?
Um achado.




2 comentários:

Anônimo disse...

Eu só sei que a sua poesia é tudo de bom!

É linda!
É direta!
É crua e nua!
É livre!
É intensa!

É poesia... pura e bela.

Beijos

ADRIANO NUNES disse...

Cara Colecionadora de Silêncios,

Fico muito feliz com as suas palavras!

Abraço fraterno,
Adriano Nunes.