quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Adriano Nunes: "O amor medido" -

"O amor medido" 


Nem Eros poderia
Mostrar, ao certo, o quanto
Nem a artimanha de
Verter o coração,
Esse bater estranho
No peito, quase nó
Na garganta do agora,
Na língua de grafite.
Somente da alegria
De um verso viria
O alento - Erato o disse:

"O amor é mesmo só,
Raro ramo de vida,
Rastro da amplidão quântica
Que se instalou no âmago
Das chances já perdidas."
E eu sou muito só
Também, e tudo acerta-me.
Dez para qualquer tempo,
E a contraprova dos 
Noves de novo falha.
O amor é uma lágrima.

Amar é amar e
Ponto de exclamação!
Pois bem: conheço onde 
O infinito se aloja.
Na tua atenta boca 
Que me falta, na carne
Astuta que me espanta,
No fogo do teu nome,
Na palavra amor, claro,
Com todos os enganos. 
E as armadilhas? Todas!

Pra os venenos que abriga
O amor não há antídotos.
Assim, por amor, trilho
Pelo atalho que dá
No vasto labirinto
De vontades que vale
A tarde que perpassa,
Algum prático norte
Que, logo, me recolhe.
Motivos pra medi-lo 
Com conceitos ridículos.

5 comentários:

Iatamyra disse...

Olhei e me recolhi no seu poema..Lindo...

ADRIANO NUNES disse...

Cara Iatamyra,


Muito obrigado!


Abraço forte!
Adriano Nunes.

Ana Tapadas disse...

O poema é excelente!
«Vital é o amor»
Beijo

ADRIANO NUNES disse...

Amada Ana,


Sempre muito feliz eu fico quando você vem aqui!

beijos,
Adriano Nunes.

ADRIANO NUNES disse...

Amada Ana,


Sempre muito feliz eu fico quando você vem aqui!

beijos,
Adriano Nunes.