"Noite avulsa" - Para Arnaldo Antunes
Enfim, a noite finda
Triste, sem uma estrela,
Fugaz e sem fulgor.
Entre as trevas que invento,
A lua. Posso vê-la a
Lutar contra o momento,
Abrigando-se, agora,
No horizonte, engolida
Pela penumbra, expulsa
Da calota, da vida
Da aurora que a devora,
Ante um céu ditador.
À beira da berlinda,
Tudo sangra, pra espanto
Do observador, enquanto
A noite esvai-se avulsa.
6 comentários:
Lindíssimo, Adriano - adorei!
Bem escrito, escorreito
este seu poema.
Um abraço.
Lua exposta aos olhos avulsos.
Um abraço.
Gostei muito.
beijinho
Adriano, vc tem o "lance da coisa". Entrei no seu blog e gostei pacas. Legal. Bola pra frente, véi!
Edson,
Fico feliz por você ter gostado desse poema! Não sei se já tenho o "lance...", mas procuro fazer o melhor para o poema. Obrigado pela visita!
Abraço forte!
Adriano Nunes.
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