“Amar é pouco”
Entre o ser e o ser, o
Negócio.
O ócio negado, roto,
O próprio propósito
Posto a serviço do óbvio.
O espólio explorado, exposto
Aos olhos de todos.
Crescendo. Crescendo. Qual bolo
No forno, sob a ação do
Fermento. Entre os clichês do ilusório.
E o mistério, no meio, qual recheio nobre.
E o medo mesclado a algum norte.
E o horror de tudo enquanto tudo que nos move.
E o mofo.
Dez para dez. Estou só. Muito sóbrio.
O ego quer entrar de vez no jogo,
Mas eu me suporto,
Não deixo, e logo
Sufoco em mim os outros todos
Que alojo, além do corpo.
Sinto-me solto, e isto me desloca
Para a próxima tentativa de ser quem sou.
Eis o negócio, sob este necessário ponto:
Quem está refém de si mesmo agora
Que decidi abrir as portas
Do que nos desmistifica lá fora?
Não tenho modas.
Não estou em promoção. Quem nota
Que a existência já deu a reviravolta
Para tudo que em nós
Mais de tudo em nós nos cobra?
Entre o ser e o ser, o
Negócio ótimo.
O ócio rejeitado aos poucos,
O próprio propósito posto
A serviço do outro:
Amar é pouco!
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