"Faz tempo que sonetos eu não faço "
Faz tempo que sonetos eu não faço.
Não sei se por receio de fazê-los
Com múltiplos defeitos, por apelos
Do peito que os deseja qual abraço.
Não sei se por receio de fazê-los
Com múltiplos defeitos, por apelos
Do peito que os deseja qual abraço.
Então tento fazer, sem embaraço,
Um só, entre cuidados, lapsos, zelos.
Ao fim destes quartetos, por tecê-los
Assim, mesmo será que me desfaço?
Um só, entre cuidados, lapsos, zelos.
Ao fim destes quartetos, por tecê-los
Assim, mesmo será que me desfaço?
Sem perceber que ao báratro da arte
Lancei-me inebriado, novo verso
Fiz para concluir este terceto,
Lancei-me inebriado, novo verso
Fiz para concluir este terceto,
Esfacelando a rima, pois me meto
À besta, ainda que negue, e, diverso,
Deixo-te, metro, porque sei moldar-te!
À besta, ainda que negue, e, diverso,
Deixo-te, metro, porque sei moldar-te!
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