"Não há escapatória"
Na guerra inescapável da política,
Todos estão
Procurando pelos culpados.
Apontam os dedos então
Para cima, para baixo,
Para trás, para frente.
Ninguém ousa falar
A verdade. Ela pesa sempre
Mais do que a vaidade
De compactuar com
A miséria e a desgraça.
Ainda não se sabe
O que é potencialmente bom.
Todos estão
Procurando pelos culpados.
Apontam os dedos então
Para cima, para baixo,
Para trás, para frente.
Ninguém ousa falar
A verdade. Ela pesa sempre
Mais do que a vaidade
De compactuar com
A miséria e a desgraça.
Ainda não se sabe
O que é potencialmente bom.
Os direitos
Na corda bamba das conveniências
Balançam-se,
Para lá, para cá,
Para além do que pode o pensar.
Vez ou outra, admitem
Os mais ousados:
"Somos todos os culpados!"
Depois, parece que, rápido,
Passa o tempo e,
Por esquecido, tudo dá-se.
Os símiles corruptos e corruptíveis,
Os conhecidos ladrões das verbas para a merenda
Das crianças escolares,
Os de ágeis e práticos discursos,
Os espúrios que nunca entram em apuros,
Os que jamais nenhum apoio dispensam.
Na corda bamba das conveniências
Balançam-se,
Para lá, para cá,
Para além do que pode o pensar.
Vez ou outra, admitem
Os mais ousados:
"Somos todos os culpados!"
Depois, parece que, rápido,
Passa o tempo e,
Por esquecido, tudo dá-se.
Os símiles corruptos e corruptíveis,
Os conhecidos ladrões das verbas para a merenda
Das crianças escolares,
Os de ágeis e práticos discursos,
Os espúrios que nunca entram em apuros,
Os que jamais nenhum apoio dispensam.
Errado, tu, leitor, não me entendas.
Retirando de ti a tua venda,
Talvez, a visão do todo possa, um pouco,
Melhorar. Um pouco. De cada vez, um pouco.
Não vês? Como não vês?
Estamos numa sopa de podridão e amarguras,
De ideais que já não servem mais.
Nossos políticos -
Como tolos somos! -, queiramos ou não,
Dilaceraram a nossa já manca esperança,
Eles furtam, fazem o jogo sujo,
Conchavos contra o povo.
Não apontemos para um ou outro
Nome. Que nome da Justiça não se esconde?
Não é justo. O poço é sem fundo.
Não se salva ninguém? Não se salva?
Retirando de ti a tua venda,
Talvez, a visão do todo possa, um pouco,
Melhorar. Um pouco. De cada vez, um pouco.
Não vês? Como não vês?
Estamos numa sopa de podridão e amarguras,
De ideais que já não servem mais.
Nossos políticos -
Como tolos somos! -, queiramos ou não,
Dilaceraram a nossa já manca esperança,
Eles furtam, fazem o jogo sujo,
Conchavos contra o povo.
Não apontemos para um ou outro
Nome. Que nome da Justiça não se esconde?
Não é justo. O poço é sem fundo.
Não se salva ninguém? Não se salva?
No País das malas fartas
E das mesadas pagas,
Só ratos, gabirus, sanguessugas cantam alto,
Trazendo vida e êxtase ao submundo
Das negociatas e trapaças.
Ó, eleitor, por que choramingas agora
Que te puseram no pescoço a corda?
Da esquerda, da direita,
Não há escapatória.
Procurando pelos culpados,
Apontam os dedos inflamados
Para todos os lados.
Da ilusão, dentro e fora.
A sujeira não tem partido.
A astúcia não tem partido.
Apenas tu, leitor,
Queres ainda essa bitola?
E das mesadas pagas,
Só ratos, gabirus, sanguessugas cantam alto,
Trazendo vida e êxtase ao submundo
Das negociatas e trapaças.
Ó, eleitor, por que choramingas agora
Que te puseram no pescoço a corda?
Da esquerda, da direita,
Não há escapatória.
Procurando pelos culpados,
Apontam os dedos inflamados
Para todos os lados.
Da ilusão, dentro e fora.
A sujeira não tem partido.
A astúcia não tem partido.
Apenas tu, leitor,
Queres ainda essa bitola?
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