segunda-feira, 24 de julho de 2017

Adriano Nunes: "De tudo e do que tem sido"

"De tudo e do que tem sido"


Madrugada. Só o ruído
Regular do relógio fixo
À parede registra o ritmo
De tudo e do que tem sido
A solidão. Apenas isso
Que se irradia além do íntimo?
Tanta esperança por um fio!
Ah, sentir-me triste e vazio!
Madrugada... Que bem persigo
Entre os sóis dos meus ais mais nítidos?
Que dor reina desde menino?
Ah, memória que ressurgindo
Vai, pouco a pouco, dos livros
Que li e lança-me a infinitos!

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