"Tudo fica"
Sob as lápides,
Alguns lapsos,
Alguns laços
Bem atados,
Outros não.
Certamente
Nada sobra,
Nem um olho!
Muito menos
Coração.
Só memória
De algum ente
Se parente, e
Olhe lá!
Os haveres,
Os desejos
Que ninguém
Sequer sabe...
Ah, desfazem-se!
Ossos todos,
Uns roídos
Pelo tempo.
Uns porosos
Desde quando o
- Feito máquina -
Corpo andava.
Pensamentos
Nunca expostos?
Pouco importam!
Até vermes
Podem ter
Seus propósitos
Definidos.
"O existir
Goza em ser
Comestível",
Clamam os
Tapurus
Eruditos.
"Por enquanto,
Se há carne
E tutano -
Dizem - "cá,
Bem estamos!"
E, não se
Saberá
Jamais, com
Quantos versos
É possível
Engendrar
Paraísos
Para os vivos.
Mas se morre
Um poeta,
Vê-se logo
Que é certo
Que, sob pedra,
Não se encerra
Sua vida.
Tudo fica
Sobre a lápide,
Mesmo que, a
Sete palmos,
Dela abaixo,
Bem descanse
Ou se estresse
O cadáver.
Alguns lapsos,
Alguns laços
Bem atados,
Outros não.
Certamente
Nada sobra,
Nem um olho!
Muito menos
Coração.
Só memória
De algum ente
Se parente, e
Olhe lá!
Os haveres,
Os desejos
Que ninguém
Sequer sabe...
Ah, desfazem-se!
Ossos todos,
Uns roídos
Pelo tempo.
Uns porosos
Desde quando o
- Feito máquina -
Corpo andava.
Pensamentos
Nunca expostos?
Pouco importam!
Até vermes
Podem ter
Seus propósitos
Definidos.
"O existir
Goza em ser
Comestível",
Clamam os
Tapurus
Eruditos.
"Por enquanto,
Se há carne
E tutano -
Dizem - "cá,
Bem estamos!"
E, não se
Saberá
Jamais, com
Quantos versos
É possível
Engendrar
Paraísos
Para os vivos.
Mas se morre
Um poeta,
Vê-se logo
Que é certo
Que, sob pedra,
Não se encerra
Sua vida.
Tudo fica
Sobre a lápide,
Mesmo que, a
Sete palmos,
Dela abaixo,
Bem descanse
Ou se estresse
O cadáver.
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