sábado, 31 de dezembro de 2016

Adriano Nunes: "Acerto de contas"

"Acerto de contas"

Dois mil e dezesseis.
Um dia e serás nada.
Tempo que já te afaga,
Num paradoxo. Eis
Que até duráveis leis
Das mais duras palavras
Ver-te-ão virar vaga
Lembrança nos papéis
Dos arquivos de História.
Vão-te ler como escória
Dos acasos, não mais
Que isso, um grã glutão
De vidas, sonhos. Mais?
O teu fim cantar vão.

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