quarta-feira, 27 de maio de 2015

Adriano Nunes: "Remendos"

"Remendos"


Querendo ou não, ficou
A lembrança doída
Do que era pra ser
O amor.
As horas sem remédio,
Sonhos sem direção,
Fel que se alastraria
Dentro do coração.
De vasta covardia
Esse buraco negro.
Pois, leitor, tudo mesmo
Pode verte-se em verso e,
Aqui, alguns estão.
O que em ti não se deu.
Fincou-se em minha carne
Aquela rebeldia,
O que em mim tanto arde,
A bola já na trave.
Outro nó.
E eu
Só.

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