sexta-feira, 1 de maio de 2015

Adriano Nunes: "É mesma a Arte" - Para Quintus Horatius Flaccus

"É mesma a Arte" - Para Quintus Horatius Flaccus


E uma a uma,
Desabrocham as minhas crianças.
Perigosas, quânticas e tantas.
Fênix diária,

A existência, que me fere e afaga,
Revela-as para
A velha máquina
De escrever. Tudo é máscara e tarda,

Silêncio e ânsia,

Enigma e tática.
Erram raras rimas e metáforas
Pela folha em branco. Não me amansam.

E elevo o meu verso a um patamar
Que nenhum outro pode alcançar -
É mesma a Arte
Que de mim vale-se.

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