"Não sairemos de lá?"
Estou exausto. O balanço
Do barco, o destino manco
A vagar pelo mar, cada
Segundo que não passava.
E o medo. Sim, todo o medo
De os gregos desapontar,
De não valer a missão
Que irei, a pouco, dar cabo.
Egeu, meu pai adorado,
Deve a Zeus agora estar,
Uma por uma, levando
As preces. Este lugar
Assusta-me. Porém não
Devo temer mesmo nada.
Seis moços e sete damas
De mim dependem. E mais.
Atenas, meu coração!
Daqui, ainda do cais,
Vejo o edifício afamado.
Pedra sobre pedra, alto
Cárcere de curvas, quântico
Labirinto onde há
De Minos o Touro, o alvo
Do empreendimento dado
A mim. Que insólita imagem!
Pavor e glória interagem
Em meu ser. E a liberdade,
Estrela mor da viagem,
Dessa terceira viagem
À Creta. E, decerto, atado
A labirintos me acho.
Em mim há veredas tantas!
Sol a pino. O meu olhar
Volta-se a todos do barco.
Logo, juntos, ofertados
Seremos à aberração.
Que portento nos alcança
Senão fios de esperança
A unir o agora à amplidão
De viva interrogação:
Não sairemos de lá?
Do barco, o destino manco
A vagar pelo mar, cada
Segundo que não passava.
E o medo. Sim, todo o medo
De os gregos desapontar,
De não valer a missão
Que irei, a pouco, dar cabo.
Egeu, meu pai adorado,
Deve a Zeus agora estar,
Uma por uma, levando
As preces. Este lugar
Assusta-me. Porém não
Devo temer mesmo nada.
Seis moços e sete damas
De mim dependem. E mais.
Atenas, meu coração!
Daqui, ainda do cais,
Vejo o edifício afamado.
Pedra sobre pedra, alto
Cárcere de curvas, quântico
Labirinto onde há
De Minos o Touro, o alvo
Do empreendimento dado
A mim. Que insólita imagem!
Pavor e glória interagem
Em meu ser. E a liberdade,
Estrela mor da viagem,
Dessa terceira viagem
À Creta. E, decerto, atado
A labirintos me acho.
Em mim há veredas tantas!
Sol a pino. O meu olhar
Volta-se a todos do barco.
Logo, juntos, ofertados
Seremos à aberração.
Que portento nos alcança
Senão fios de esperança
A unir o agora à amplidão
De viva interrogação:
Não sairemos de lá?
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