"Marinha" (Tradução de Adriano Nunes)
Sonoro o oceano
Pulsa sob o olhar
Da lua enlutada
E segue a pulsar,
Pulsa sob o olhar
Da lua enlutada
E segue a pulsar,
Enquanto um relâmpago
Sinistro e brutal
Varre o cosmo branco
Com rútilo sinal,
Sinistro e brutal
Varre o cosmo branco
Com rútilo sinal,
E um elo de lâminas,
Em convulsos saltos,
Ao longo dos bancos,
Vai, vem, brilha e clama,
Em convulsos saltos,
Ao longo dos bancos,
Vai, vem, brilha e clama,
E além na amplidão,
Onde o tufão vaga,
Estronda o trovão
Extraordinário.
Onde o tufão vaga,
Estronda o trovão
Extraordinário.
Paul Verlaine: "Marine"
Marine
L'Océan sonore
Palpite sous l'oeil
De la lune en deuil
Et palpite encore,
Palpite sous l'oeil
De la lune en deuil
Et palpite encore,
Tandis qu'un éclair
Brutal et sinistre
Fend le ciel de bistre
D'un long zigzag clair,
Brutal et sinistre
Fend le ciel de bistre
D'un long zigzag clair,
Et que chaque lame,
En bonds convulsifs,
Le long des récifs
Va, vient, luit et clame,
En bonds convulsifs,
Le long des récifs
Va, vient, luit et clame,
Et qu'au firmament,
Où l'ouragan erre,
Rugit le tonnerre
Formidablement.
Où l'ouragan erre,
Rugit le tonnerre
Formidablement.
VERLAINE, Paul. "Oeuvres complètes". Paris: Librairie Léon Vanier, Éditeur, Quatrième Édition, 1908.
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