"Ninguém! Respondera Polifemo ferido."
Perdi um amor.
Se era ou não amor, isso
Agora é fator mínimo.
Vou sempre tentar lembrar-me
De um dito antigo
Que mexe demais comigo
E faz tremer a carne,
Dando um Everest no umbigo,
E faz pôr os pontos nos is,
Como se dissesse: 'assim bem quis!'
Quanta coisa para arrumar na casa!
Quanta asa para dar à alma!
Quanto livro ainda para ser lido!
Tanto tempo para passar e
Curar a angústia de
Estar só, pequeno, sem mais
Correr o risco de perder um amor.
Impedi que se desabrigasse de mim
Uma miríade de gritos.
Não cortei os pulsos.
Não tomei cicuta.
Não fiz cenas de ciúme estúpidas.
Não deixei barato.
Lancei as lembranças, claro,
No báratro profundo
Do que aprendi com o mundo:
Para amor que fere muito,
Que insiste em impregnar o íntimo
Com seus vestígios,
Com o perigo das múltiplas desculpas,
Nada melhor do que o olvido.
Ninguém! Respondo cego, ferido.
Se era ou não amor, isso
Agora é fator mínimo.
Vou sempre tentar lembrar-me
De um dito antigo
Que mexe demais comigo
E faz tremer a carne,
Dando um Everest no umbigo,
E faz pôr os pontos nos is,
Como se dissesse: 'assim bem quis!'
Quanta coisa para arrumar na casa!
Quanta asa para dar à alma!
Quanto livro ainda para ser lido!
Tanto tempo para passar e
Curar a angústia de
Estar só, pequeno, sem mais
Correr o risco de perder um amor.
Impedi que se desabrigasse de mim
Uma miríade de gritos.
Não cortei os pulsos.
Não tomei cicuta.
Não fiz cenas de ciúme estúpidas.
Não deixei barato.
Lancei as lembranças, claro,
No báratro profundo
Do que aprendi com o mundo:
Para amor que fere muito,
Que insiste em impregnar o íntimo
Com seus vestígios,
Com o perigo das múltiplas desculpas,
Nada melhor do que o olvido.
Ninguém! Respondo cego, ferido.
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