sábado, 10 de novembro de 2012

Adriano Nunes: "Da quântica felicidade, à vera"

"Da quântica felicidade, à vera"


Aquele insólito instante inventado
Por áurea essência, a mágica quimera
Que ao peito tudo oferta, a forma sincera
De saber-me e sonhar-me, à tez do fado.

Ai, meu coração demais acelera!
Vejo-me imerso em versos, impregnado
De infinitos e, por estar ao lado

De quântica felicidade, à vera,

Tenho o que sempre mais quis. Um poema
Que acidentalmente em si não algema?
Um poema? O que sempre mais quis, claro.

Mas eis que surge súbito dilema:
Entre tantos poetas, não é raro
Sentir-me pó ante o meu despreparo.

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