"longe" - Para Arthur Nogueira
nem o muro
nem o mútuo modo
nem o mudo mundo
ou esse outro
óptico cosmo
todo o propício propósito
do canto
de longe
de leve
e tudo que for levando
o ponto de ônibus
o pronto-atendimento
o pulo para o impulso
a pessoa
e depois o ir-e-vir
e o infinito voa,
ressoa, ressurge,
regurgita a lúcida luz
a antiga lua
e toda a gravidade
de um instante
não seria só
saudade?
que vultos nos cabem?
eco
íntimo, liame métrico?
algaravia, nem sei...
mundano
moldando
mudando
modelando
molécula por molécula...
e da palavra desperta,
que sabemos,
que resta?
Um comentário:
Adriano, querido,
uma honra, uma beleza esse poema. Muito obrigado! Parabéns pelo blog, que gosto tanto.
Um abraço,
Arthur
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