segunda-feira, 14 de maio de 2012

Adriano Nunes: "Doutra vontade alheia"

"Doutra vontade alheia"



Entre a tez do infinito
E o que em mim volta e meia
Sempre me escamoteia,
Este sonho proscrito.

Talvez, amargo, aflito,
Não sei... Triture a veia
Doutra vontade alheia
O estar entregue a um rito,

Ao que possa ser dito.
Esta vida? Louvei-a,
Mas a seu preço, admito.

Atraio-o, ó tempo, à teia
- Será mesmo o meu grito? -
Qual canto de sereia!

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