A tarde se esvai,
Entre gritos de grafite, gestos gastos e ais.
Nenhum indício da tua existência,
Só a saudade impregnando os livros e essa
Angústia presa às palavras,
Para lembrar-me do que é preciso ser dito.
Tonto, o meu coração tropeça
No ritmo de tudo que me sinto.
Teu espectro surpreende-me,
Enquanto escrevo estes versos, às pressas.
A tarde se esvai,
Entre silêncios de silício...
Vingam os vestígios da inconsciência, e
A solidão me encarcera. Será regra?
Outro signo se solta do eclético tédio.
Cego, o meu coração tolera
O metro de tudo que me penso.
À socapa, teu espectro embaraça-me,
Enquanto a noite despenca
Do infinito do que em mim quero.
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