"Erato"
Quando fores embora,
Aqui ficarei a
Admirar as auroras,
Eu fincarei o olhar
Lá fora e fundarei
O motivo mais íntimo
Sobre as sobras das dobras
Dos dribles da memória.
Então dado aos desvãos
Do aflito coração,
Firme Esfinge serei,
Atenta, à espreita, à espera
De tua lira, enquanto
A vida me revira
Avidamente, e o enigma
Da vinda me devora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário