"Dos áureos limites da linguagem"
Atento aos portentos desta tarde,
Abrigo-me no que em mim mais arde,
A palavra que se forja rara,
A fronteira que tudo separa.
Por que, à socapa, nada declara
E escapa da folha, sem alarde,
Magno signo, de forma covarde,
Para além da sinapse preclara?
E o meu verso fica à mera margem
Do mar de inalcançável mensagem,
Enquanto os intentos interagem,
Embora se saiba que é miragem,
Amor que se vale, de passagem,
Dos áureos limites da linguagem.
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