"Ode à coriza"
Súbito prurido
Nasal... E o prenúncio
Do esperado espirro.
Vão-se tantos vírus,
Bactérias, pressinto,
Pelo mecanismo
Reflexo. Perplexo,
Observo emergir
De mim vivo líquido
Mucoso. Somente
Ao vão do terreno
Aéreo, o ser cede
Ao alívio: termômetro
Quebrado, nariz
Vermelho, o cansaço
O corpo abraçando...
Estou resfriado?
Talvez, alergia
Aos ácaros, críticos
Do meu velho verso
Congestionado.
Depois do chazinho
E de um antitérmico,
Sinto toda a lida
Respirar tranquila.
4 comentários:
Adriano,
os resfriados estão tão perversos que esta ode poderia ser um anti poema. Mas você conseguiu transformar mal estar e escatologia em poesia. Juntos estiveram aqui o médico, o poeta e o paciente.
um abraço, um sorriso e votos de saúde!
Mai,
Obrigado!
Adriano Nunes.
li a entrevista no blog do marcelo e realmente, é muito agradável, e acima de tudo, intelectual. gostei também de vc dizer da humildade. gosto da frase "gente educada é outro nível". parabéns pela sua obra e pela pessoa q é. isaias
Isaías,
Que alegria! Imensamente feliz eu fico ao ler as suas palavras! Que bom que você gostou da entrevista! Pois é, a maior grandeza de um artista consiste em ser humilde. valeu!
Abração,
Adriano Nunes.
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