"O cérebro"
Desço dos assombros sinápticos
Desiludido e deserdado.
Preciso dar-me ao inalcançável,
O meu tédio remediar
Com alguma vasta vontade,
Com alguma pirraça prática,
Escrever um verso e lançar-me
Aos liames do coração,
Debruçar-me sobre as calçadas
Da memória, enquanto a voz sangra,
Entregar-me ao descanso, ao salto
Dos sentidos, ser mais um náufrago
E fundo afundar-me nas montanhas,
No cerne do corpo, e cantar,
Impregnando sóis e os arquétipos,
Por bastar o flerte, a impressão
Da sustentação vertebral,
A medula, a máquina, as tantas
Medusas e Medeias mordazes,
A ideia, sim, a ideia, e mais nada.
2 comentários:
I'm appreciate your writing skill.Please keep on working hard.^^
É o que é preciso!
Ter ideias.
Forte abraço
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