"Claro Enigma" - Para Carlos Drummond de Andrade
Ó, Esfinge, silêncio!
Quer despertar o verso
Do seu sono de pedra,
Do seu coma profundo?
O verso não precisa
De pálpebras abertas,
De pupilas atentas,
De estado de vigília.
Deixe o verso fugir
De algum feixe sináptico,
Sem pressa. Deixe-o vir
À tona, feito enigma.
Claro, à luz da razão,
Sem receio dos ecos
Das imagens... De si,
E só, precisa o verso.
4 comentários:
Adriano! Que coisa mais linda! Que versos inteiros, que falta de nada!
Abraços admirado!
Carolina.
Que entusiasmo em dizer: "Recite-me ou devoro-me."
Grande Imortal Drumond.
Bjs Goretti
Olá, Amigo!
Que bela homenagem ao livro Claro Enigma. Tenho esse livro. Inclusive é o meu primeiro do Drummond.
Abs!
Marcos
Carolina, Goretti e Marcos,
Grato pelas palavras! Fico muito feliz!
Abraço fraterno,
Adriano Nunes.
Postar um comentário