“Entre esperanças”
Novembro esvai-se.
Quase dezembro.
Quase me lembro
Do que não arde
Mais, nesta tarde.
Quase outro ano.
E foram tantos!
Presa, contida,
A eternidade!
Quase dezembro.
Quase me lembro
Do que não arde
Mais, nesta tarde.
Quase outro ano.
E foram tantos!
Presa, contida,
A eternidade!
Sem ti, segui.
Doeu bastante
Naquele tempo,
Porque do amor
O fim é, antes
De tudo, corte
Demais sangrento.
Ah, livre olhar
Que molda a arte
Doeu bastante
Naquele tempo,
Porque do amor
O fim é, antes
De tudo, corte
Demais sangrento.
Ah, livre olhar
Que molda a arte
Do que não há
Entre esperanças
Sem norte! Sorte
De quem em ti
Pode pousar!
O verde estando
Mesmo presente
E assombros que
Do sol se valem:
Entre esperanças
Sem norte! Sorte
De quem em ti
Pode pousar!
O verde estando
Mesmo presente
E assombros que
Do sol se valem:
Marrom e cinza,
O campo aberto
Mais se estende...
Ser de repente?
Sem ti, que tenho
Feito de ti
Em mim, se quase
Não há mais nexo
Para a saudade?
O campo aberto
Mais se estende...
Ser de repente?
Sem ti, que tenho
Feito de ti
Em mim, se quase
Não há mais nexo
Para a saudade?
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