"Ars poetica"
Canto o ver-
So curto, o ver
So longo, o verso métrico, medido,
Bem como o verso que não precisa ser escandido.
Canto a verve do vate e o que vale
A pena, mesmo que a calma seja
Pequena: canto a vida
Desde a sua face mais incompreendida.
Canto e já me dou
Por satisfeito. A Safo dediquei
Até alguns sonetos. A Baco
Outros tantos.
É assim, sem mim, que,
Com prazer,
Canto.
E não preciso sequer me convencer
De que ergui um monumento
Que, ao contrário do de Horácio,
Durará apenas
O tempo necessário
E, nem de longe,
Pode durar mais que o bronze.
Entretanto,
Poderão dizer os mais assanhados,
Os experts em vernáculos,
Os arautos da estética kantiana,
Os doutores e os bacanas,
Et cetera et tal,
Na primeira página de algum jornal
De circulação local:
Dele era o canto de fato!
So curto, o ver
So longo, o verso métrico, medido,
Bem como o verso que não precisa ser escandido.
Canto a verve do vate e o que vale
A pena, mesmo que a calma seja
Pequena: canto a vida
Desde a sua face mais incompreendida.
Canto e já me dou
Por satisfeito. A Safo dediquei
Até alguns sonetos. A Baco
Outros tantos.
É assim, sem mim, que,
Com prazer,
Canto.
E não preciso sequer me convencer
De que ergui um monumento
Que, ao contrário do de Horácio,
Durará apenas
O tempo necessário
E, nem de longe,
Pode durar mais que o bronze.
Entretanto,
Poderão dizer os mais assanhados,
Os experts em vernáculos,
Os arautos da estética kantiana,
Os doutores e os bacanas,
Et cetera et tal,
Na primeira página de algum jornal
De circulação local:
Dele era o canto de fato!
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